Glossário

O “magnetismo” é um assunto que fascina muita gente. Somos fabricantes e importadores de equipamentos magnéticos e eletromagnéticos e de ímãs permanentes. Nosso foco de atuação é a indústria, mas atuamos também na revenda. Mas, muitas das visitas que recebemos em nosso site são de estudantes que buscam informações sobre este vasto assunto. Assim, com o intuito de ajudar ao público variado de visitantes e aos clientes, decidimos criar esta página adicional em nosso site. Abaixo, resumimos algumas das perguntas mais frequentes referentes a ímãs, magnetismo, equipamentos magnéticos, etc. Por fim, vale mencionar que o texto abaixo não guarda um rigor físico apurado, ao contrário, procuramos simplificar o assunto para torna-lo mais didático.

perguntas frequentes

1. COMO POSSO IDENTIFICAR UM PÓLO DE UM IMÃ?

Existem vários métodos simples que podem ser utilizados para identificar os polos norte e sul de um ímã:

  • O método mais simples, obviamente, é a utilização de um segundo ímã que já tenha um polo marcado. O polo norte do imã marcado vai ser atraído pelo polo sul do outro ímã.
  • Pegue uma quantidade par de ímãs e insira um barbante no meio deles deixando-os pendurados de forma que possam girar livremente. O polo norte dos imãs irá eventualmente se posicionar em direção ao norte. Esse “comportamento magnético” na verdade contradiz a teoria de que os polos opostos de atraem (ou os polos iguais se repelem), mas isto se explica por que a denominação das polaridades de um ímã (norte / sul) vem de antigamente quando os polos eram chamados de “north-seeking” and “south-seeking” (o polo que buscava o polo sul era o polo norte e vice versa). Estas denominações foram abreviadas ao longo do tempo para polos “norte” e “sul”, como hoje são conhecidos/denominados.
  • Se você possuir uma bússola portátil, a extremidade da agulha que aponta para o norte vai ser atraída pelo polo sul do ímã.
  • O método mais simples e eficaz é a utilização de um dispositivo identificador de polaridade magnética. Existem vários modelos, desde os mais simples, até os sofisticados Gauss Meters (ou Gausimetros) que, não só identificam a polaridade como medem o fluxo magnético.
Identificador de polaridade ITAL

Identificador de polaridade ITAL

2. UM PÓLO É MAIS FORTE DO QUE O OUTRO?

Não, ambos os polos, de um determinado ímã permanente, tem a mesma “força” ou campo magnético.

3. QUAL É O TIPO DE ÍMÃ MAIS FORTE?

Os ímãs de Neodímio, mas precisamente o Neodímio-Ferro-Boro, são os ímãs mais fortes que existem. Dentro de cada família de ímãs permanentes existem diferentes graus, ou seja, dentre os Neodímios existe uma tabela crescente de forças.

4. O QUE SIGNIFICA DIZER QUE UM ÍMÃ É “MAGNETIZADO ATRAVÉS DA ESPESSURA”?

Utiliza-se a descrição “magnetizado através da espessura” para se identificar a localização dos polos dos ímãs. A espessura é sempre a última medida quando se define as medidas de um determinado ímã permanente. Por exemplo, se um bloco de ímã for descrito como sendo de 50x50x25mm, significa que a espessura é de 25mm e que os polos são as superfícies de 50x50mm. Veja as figuras abaixo que mostram os 3 tipos mais comuns de ímãs: cilindros, blocos e anéis.

DISCOS E CILINDROS

Ímãs cilíndricos e discos podem ser magnetizados axial ou diametralmente:

Magnetização Axial

Magnetização Axial

Magnetização Diametral

Magnetização Diametral

blocos

Os ímãs em formato de bloco são definidos por 3 dimensões: comprimento, largura e espessura (ou altura). Para sermos consistentes definimos a espessura através do eixo de magnetização. Normalmente a espessura é a menor dimensão, mas não sempre! Muitas vezes os clientes necessitam de blocos magnetizados através do comprimento ou da largura, o que pode ser feito. Mesmo nestes casos, quando a magnetização se dá na medida mais longa (comprimento) ou mesmo na largura do ímã, definimos esta medida como sendo a “espessura”, a fim de se manter a coerência da nomenclatura normalmente utilizada. Veja figuras abaixo.

Magnetização através da espessura

Magnetização através da "espessura"

anéis

Os ímãs em formato de anéis podem ser magnetizados através da espessura (*magnetização axial) ou através do diâmetro (magnetização diametral):

Magnetização Axial

Magnetização Axial

Magnetização Diametral

Magnetização Diametral

5. QUE MATERIAIS SÃO ATRAÍDOS PELOS ÍMÃS?

Os materiais ferromagnéticos são fortemente atraídos pela força magnética de um ímã, ou mesmo de um eletroímã. O aço é ferromagnético, pois sua liga é de ferro e outros materiais.

6. QUE MATERIAL PODE SER UTILIZADO PARA BLOQUEAR CAMPOS MAGNÉTICOS?

Campos magnéticos não podem ser bloqueados, apenas redirecionados! Os únicos materiais capazes de redirecionar os campos magnéticos são os ferromagnéticos, tais como, ferro, aço, cobalto e níquel. O “grau de redirecionamento” é proporcional à permeabilidade do material. O mais eficiente “escudo magnético” é o Níquel 80, seguido pelo Níquel 50.

7. EXISTEM ÍMÃS COM UM SÓ POLO MAGNÉTICO (MONO-POLO)?

Não, ímãs com apenas um polo não existem! Todos os ímãs possuem ao menos 2 polos.

8. EXISTEM ÍMÃS COM UM POLO EXTERNO E OUTRO INTERNO?

Discos, cilindros e esferas, não. Anéis sim e neste caso são magnetizados radialmente.

9. IMÃS EMPILHADOS SÃO MAIS FORTES?

Sim, dois ou mais ímãs empilhados juntos comportam-se exatamente como se fossem um único ímã com as dimensões combinadas. Exemplo: se empilharmos dois discos de 10mm de diâmetro por 3 mm de espessura o “ímã resultante” terá as mesmas características magnéticas que um disco de 10mm de diâmetro por 6mm de espessura.

10. COMO SE MEDE A FORÇA DE UM ÍMÃ PERMANENTE?

Os medidores de campo magnético (ou Gauss Meters) são utilizados para se medir a densidade de campo magnético na superfície de um ímã. Esta é definida como campo magnético superficial e é medida em Gauss (ou Tesla). A ITAL comercializa Gauss Meters que medem até 40.000 Gauss. Alternativamente pode-se medir a força magnética de um ímã através de dispositivos específicos. Neste caso a medida pode ser obtida em quilos ou gramas.

Gauss Meter ITAL

Gauss Meter ITAL

11. COMO É DETERMINADA A FORÇA DE ATRAÇÃO MAGNÉTICA DE UM ÍMÃ?

A força de um ímã é normalmente medida de 3 formas distintas. O caso 1 mede a máxima força magnética de atração gerada entre um ímã e uma superfície de aço espessa e polida. O caso 2 mede a máxima força magnética de atração entre um ímã inserido entre 2 placas de aço espessas, polidas e planas. Já no caso 3 se mede a máxima força magnética de atração entre 2 ímãs do mesmo tipo.

Casos

12. UM “ÍMÃ COM 10KG DE FORÇA” LEVANTA UM OBJETO DE 10KG?

Pelo fato de os testes de atração magnética serem feitos em laboratório e em situações ideais e controladas (acabamento da superfície, ângulo de tração, etc) o resultado prático, com as reais condições, será inferior. O resultado efetivo é reduzido por um sem número de fatores, tais como: contato imperfeito entre o ímã e a superfície (ou outro ímã), tração através de direção não 100% perpendicular, espessura de material menor do que a ideal, superfícies eventualmente revestidas e outros fatores. A força magnética efetivamente sentida pela peça atraída pelo campo magnético do ímã varia muito em função destes fatores.

13. QUAL É A “FORMA” DO CAMPO MAGNÉTICO?

O jeito mais conhecido para se visualizar a forma de um campo magnético é através da aproximação de um ímã permanente de uma superfície coberta por pó de ferro. A imagem abaixo exemplifica o assunto de maneira clara.

Forma

14. O QUE SÃO ÍMÃS DE NEODÍMIO? OS ÍMÃS DE NEODÍMIO SÃO OS MESMOS QUE OS ÍMÃS DE TERRAS RARAS?

Os ímãs de Neodímio são membros da família dos ímãs de Terras Raras. São genericamente chamados de ímãs de Terras Raras porque o Neodímio é um membro dos elementos de Terras Raras da tabela periódica. Os ímãs de Neodímio são os ímãs mais fortes dentre os ímãs de Terras Raras e os ímãs mais fortes existentes no mundo.

15. DE QUE SÃO FEITOS OS ÍMÃS DE NEODÍMIO E COMO ELES SÃO FEITOS?

Os ímãs de Neodímio são compostos de Neodímio (Nd), Ferro (Fe) e Boro (B) e por isso também denominados simplesmente de NdFeB. Os ímãs de NdFeB são produzidos pela compactação de ligas metálicas pulverizadas e depois são sinterizados sob ação de um forte campo magnético, que orienta os grãos internos. Possuem as melhores propriedades de todos os ímãs existentes e uma incrível relação indução magnética/peso. Embora tenham uma resistência a temperatura menor que do SmCo (Samário-Cobalto), o custo é muito competitivo. Os ímãs de Neodímio são altamente susceptíveis à corrosão e devem, quase sempre, possuir revestimento. São normalmente niquelados, zincados ou revestidos c/ resina epoxy.

Características Gerais dos Ímãs de Neodímio

  • Br (remanência): de 10.400 Gauss a 14.600 Gauss
  • HcB (coercitividade normal): de 9.800 Oersted a 12.200 Oersted
  • HcJ (coercitividade intrínseca): de 11.000 Oersted a 30.000 Oersted
  • BHmax (max. prod. energético): de 26 MGOe a 51 MGOe Max. temperatura de trabalho: 180° C (dependendo do grau). Exemplos de aplicações: alto-falantes, separadores magnéticos, levantadores magnéticos, placas magnéticas, eletropermanentes, tambores magnéticos, separadores Eddy-Current, brindes, equipamentos eletrônicos.

16. O QUE SIGNIFICA O GRAU DE UM DETERMINADO ÍMÃ DE NEODÍMIO?

O grau de um ímã refere-se ao Máximo Produto Energético do material magnético de que é feito o ímã. Refere-se à máxima “força magnética” que se pode atingir ou “magnetizar” o ímã. O grau dos ímãs de Neodímio é normalmente medido em unidades de milhão de Gauss Oersted (MGOe). Um ímã de grau 42 tem o Máximo Produto Energético de 42 MGOe. Resumindo de maneira genérica, quanto maior o grau de um ímã, mais forte ele será. A tabela abaixo mostra os diversos graus de imãs de neodímio existentes no mercado.

Tabela

17. OS ÍMÃS DE NEODÍMIO PODEM SER CORTADOS, FURADOS OU USINADOS?

A liga de Neodímio-Ferro-Boro é muito dura e frágil. Assim, a usinagem é muito complicada e difícil. A dureza RC46 do material na escala Rockwell “C” é maior do que as das ferramentas e brocas comercializadas de forma que, se as usarmos na usinagem do Neodímio, elas se aquecerão e se danificarão. Ferramentas diamantadas, máquinas de eletro erosão e abrasivos são as ferramentas preferidas para dar forma ao Neodímio. A usinagem de ímãs de Neodímio somente pode ser praticada por operadores experientes que tenham familiaridade com os riscos envolvidos. O calor gerado durante o “desbaste” pode desmagnetizar o ímã e inclusive causar fogo. O pó produzido durante a usinagem dos ímãs de Neodímio também é inflamável e grande cuidado deve ser tomado para evitar a combustão do material.

18. ÍMÃS DE NEODÍMIO PODEM SER SOLDADOS?

Definitivamente não se podem soldar ímãs de Neodímio! O calor gerado no processo desmagnetiza os ímãs e pode ocasionar um incêndio.

19. OS ÍMÃS DE NEODÍMIO SÃO SENSÍVEIS À TEMPERATURA?

Sim, os ímãs de Neodímio-Ferro-Boro são muito sensíveis ao calor! Se um ímã de Neodímio for aquecido acima de sua máxima temperatura de operação (80°C ou 176°F para os ímãs standard) ele perderá de maneira permanente ou irreversível uma parte de sua “força magnética”. Se um ímã for aquecido acima da sua Temperatura Curie (310°C ou 590°F para os ímãs standard), perderão todas as suas propriedades magnéticas. Diferentes graus de ímãs de Neodímio possuem diferentes temperaturas de operação e diferentes Temperaturas Curie.

20. QUAL É O VERDADEIRO VALOR EM GAUSS DE UM ÍMÃ?

Depende do contexto em que está sendo utilizado. Por exemplo, as pessoas que trabalham com magneto terapia preferem apresentar o maior número possível, assim, elas normalmente utilizam a “Densidade de Fluxo residual” (Brmax) do material que na verdade não diz muito sobre o ímã em questão! Esse valor é “essencialmente” a densidade de fluxo magnético dentro do material magnético (ímã). Já que você nunca estará dentro do ímã ou nunca utilizará o campo interno do ímã, este valor realmente não tem nenhum valor prático. O campo magnético medido na superfície é a medida mais precisa para a especificação de um ímã.

Discos de Neodímio x Força Magnética x Campo Magnético

Tabela

Blocos de Neodímio x Força Magnética x Campo Magnético

Tabela

Anéis de Neodímio x Força Magnética x Campo Magnético o

Tabela

21. OS ÍMÃS DE NEODÍMIO PERDEM SUA FORÇA COM O TEMPO?

Muito pouco, ou quase nada, na prática. Os ímãs de Neodímio são os ímãs mais fortes e “mais permanentes” que existem. Se não forem fisicamente danificados, os ímãs de neodímio perdem no máximo 1% de sua força num período de 10 anos. Ou seja, a perda de força magnética de um ímã de Neodímio é imperceptível, a não ser que se consiga mensurar o efeito através da utilização de um Gauss Meter de alta sensibilidade. Os ímãs também não perderão sua capacidade ou força magnética, mesmo que estejam atuando em posição de repulsão ou atração com outros ímãs por longos períodos de tempo. Eventualmente, se os ímãs de Neodímio forem expostos a altas temperaturas em aplicações de repulsão, poderia ocorrer alguma perda de seu poder magnético.

22. ONDE SÃO USADOS OS ÍMÃS DE NEODÍMIO?

Os ímãs de Neodímio são usados em tantas aplicações que você nem imagina. A ITAL fabrica vários equipamentos magnéticos que utilizam ímãs de Neodímio. Dentre eles destacam-se:

  • Grades Magnéticas para a separação de impurezas ferrosas de açúcar, café, areia, sal, chocolate, etc.
  • Separadores Magnéticos Suspensos para cerâmica, reciclagem, mineração, cana de açúcar, cimento, grãos, sucatas, etc
  • Levantadores Magnéticos Manuais para o transporte de blocos, moldes, chapas, retalhos de aço, etc
  • Levantadores Eletropermanentes para o transporte de chapas, billets, bobinas de aço, etc
  • Placas Magnéticas para fixação de peças em furadeiras, CNCs, fresadoras, tornos, etc
  • Placas eletropermanentes para a mesma aplicação;
  • Outros dispositivos de fixação magnética. Veja mais detalhes neste site.

23. OS ÍMÃS DE NEODÍMIO ATENDEM ÀS NORMAS ROHS ("RESTRICTIONS ON THE USE OF HAZARDOUS SUBSTANCES")?

Sim, os ímãs de Neodímio estão 100% de acordo com a RoHS, atendendo às normas do Parlamento Europeu denominada (RoHS). Esta diretiva proíbe o uso dos seguintes elementos nos equipamentos elétricos e eletrônicos vendidos após 07/01/206: Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Mercúrio (Hg), Cromo Hexavalente Cr(VI)), PBBs e PBDEs.

23. OS ÍMÃS DE NEODÍMIO ATENDEM ÀS NORMAS ROHS ("RESTRICTIONS ON THE USE OF HAZARDOUS SUBSTANCES")?

Sim, os ímãs de Neodímio estão 100% de acordo com a RoHS, atendendo às normas do Parlamento Europeu denominada (RoHS). Esta diretiva proíbe o uso dos seguintes elementos nos equipamentos elétricos e eletrônicos vendidos após 07/01/206: Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Mercúrio (Hg), Cromo Hexavalente Cr(VI)), PBBs e PBDEs.

24. PODE-SE AUMENTAR A FORÇA DE UM DETERMINADO ÍMÃ?

Não, uma vez que o ímã esteja completamente magnetizado (ou saturado magneticamente), ele não pode se tornar mais forte do que já é.

25. PRECISO DE UM ÍMÃ DO TAMANHO DE UMA MOEDA? QUAL MOEDA?

Veja abaixo o tamanho das moedas de Real (R$) e cujos ímãs podem ser fabricados nas medidas correspondentes:

Tabela

26. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A MÁXIMA TEMPERATURA DE OPERAÇÃO E A TEMPERATURA CURIE DE UM ÍMÃ?

A máxima temperatura de operação de um imã permanente é a máxima temperatura a que o ímã pode ser sujeitado continuamente sem que ocorram perdas significativas de suas propriedades magnéticas. Isto é, 80ºC (176ºF) para os graus standard de Neodímios. A temperatura Curie é a temperatura em que o ímã se torna permanentemente desmagnetizado, 310ºC (590ºF) para os graus standard de Neodímios. Os graus de alta temperatura possuem maiores temperaturas máximas de operação assim como maiores temperaturas Curie. Em temperaturas entre estes dois pontos, o ímã perderá de maneira permanente uma porção ou parte de suas características magnéticas. Quanto maior a temperatura a que o imã for submetido, maior a perda magnética.

27. QUÃO FORTE CAMPO MAGNÉTICO É NECESSÁRIO PARA MAGNETIZAR UM ÍMÃ DE NEODÍMIO?

Como regra genérica um pico de campo magnético de 2 a 2,5 vezes a coercitividade intrínseca é necessário para a saturação do ímã de Neodímio. Para os ímãs de Neodímio standard, o mínimo campo magnético requerido é de 24 KOe, mas 30 KOe é normalmente o mínimo utilizado.

28. COMO SE SEPARAM 2 ÍMÃS DE GRANDES DIMENSÕES?

Os pequenos e médios ímãs de Neodímio normalmente podem ser separados com as próprias mãos, deslizando-se um ímã contra o outro. Ímãs um pouco maiores podem ser separados um do outro, sempre os deslizando pelas suas superfícies, com apoio de uma mesa de madeira ou outro material que não aço. Importante notar que uma vez separados, os ímãs tendem a se atrair de volta, causando eventuais acidentes que podem machucar as mãos. Os ímãs, às vezes, atraem-se com tanta força que se chocam fortemente, lascando-se e soltando pedaços. Ou seja, o manuseio de ímãs de Neodímio a partir de certo tamanho deve ser feito com muito, muito, cuidado. O campo magnético é invisível e os acidentes acontecem por descuido. Para ímãs muito grandes (Ex.: 50x50x25mm), ferramentas especiais devem ser utilizadas.

29. COMO RETIRAR AQUELA CAMADA DE PÓ DE FERRO QUE NORMALMENTE TENDE A SE ACUMULAR NA SUPERFÍCIE DOS ÍMÃS (ESPECIALMENTE NOS ÍMÃS DE NEODÍMIO)?

A maneira mais fácil de remover partículas ferrosas retidas na superfície do ímã é a utilização de fita adesiva.

30. EXISTE ALGUMA NORMA ESPECÍFICA PARA O TRANSPORTE DE ÍMÃS?

A norma Americana (United States Department of Transportation and the Office of Hazardous Materials Safety), mais utilizada, define que o limite para a expedição de ímãs via aérea é de um campo magnético máximo de 0.00525 Gauss, campo magnético este que deve ser medido a 4,5 metros de distância de qualquer ponto da parte externa da embalagem. Não existem restrições para o transporte de ímãs por terra. Ou seja, na dúvida, envie os ímãs por transporte terrestre.

31. PORQUE OS ÍMÃS DE NEODÍMIO SÃO NORMALMENTE REVESTIDOS?

Os ímãs de Neodímio são na sua maioria compostos de Neodímio, Ferro e Boro. Se os ímãs não forem revestidos, o ferro contido na liga se oxidará muito facilmente se exposto ao ar ou fluidos. Mesmo a umidade natural do ar já é suficiente “para que a ferrugem apareça”. A fim de se proteger o ferro contido à oxidação, os ímãs de Neodímio são metalizados ou revestidos.

32. QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS DIFERENTES TIPOS DE METALIZAÇÃO E REVESTIMENTO?

A escolha de diferentes tipos de revestimento não afeta a performance magnética dos ímãs de Neodímio, exceto nos casos de emborrachamento ou revestimento plástico. O revestimento preferencial se dá em função da aplicação. A vasta maioria das aplicações utiliza os ímãs de Neodímio revestidos (zincados ou niquelados).

  • Níquel: A opção mais comum, com acabamento brilhante e boa resistência à corrosão, mas não é à prova d'água.
  • Zinco: Aparência fosca, menos resistente à corrosão, podendo deixar resíduos nas mãos.
  • Epoxi: Revestimento plástico com maior resistência à corrosão, desde que intacto.
  • Ouro: Utilizado sobre o níquel, com acabamento dourado e as mesmas características dos ímãs niquelados.

33. PODE-SE PINTAR A SUPERFÍCIE JÁ REVESTIDA DE UM ÍMÃ DE NEODÍMIO?

Sim, pode-se utilizar qualquer tinta para superfícies metálicas. O uso de spray é recomendado, com um acabamento mais áspero na superfície para melhor aderência. Jateamento e primers também são indicados.

34. QUAL A ESPESSURA DO REVESTIMENTO DE NÍQUEL (OU NI-CU-NI)?

Usualmente as espessuras das 3 camadas são:

  • Ni: 5-6µm
  • Cu: 7-8µm
  • Ni: 5-6µm

Para uma espessura total de 17-20µm.

35. QUAL É O MELHOR ADESIVO PARA SE UTILIZAR COM ÍMÃS?

Adesivos como Loctite 39205 (com acelerador Loctite 7380) ou Loctite 3032 (com primer Loctite 770) são muito eficazes. Adesivos comuns de epoxy também funcionam, desde que a superfície do ímã seja levemente lixada para maior aderência.

36. OS ÍMÃS REVESTIDOS DE PLÁSTICO OU DE BORRACHA, SE TESTADOS, TÊM UMA MENOR FORÇA DE ATRAÇÃO?

Sim, mas isso ocorre porque:

  • O volume de material magnético é menor dentro do revestimento.
  • O revestimento cria um “gap” entre o ímã e a superfície metálica, reduzindo a força de atração.

37. COMO EVITAR QUE OS ÍMÃS DE NEODÍMIO SE DANIFIQUEM COM O IMPACTO?

Proteja os ímãs com fita adesiva ou utilize revestimento de borracha, facilmente aplicável com materiais encontrados no mercado.

38. QUAIS SÃO OS MENORES NEODÍMIOS E OS MAIORES NEODÍMIOS QUE EXISTEM NO MERCADO?

  • Máximos:
    • 2" na direção da magnetização
    • 4” no diâmetro de discos e anéis
    • 4” no comprimento e largura para blocos
  • Mínimos:
    • 1/32” para espessura
    • 1/16” de diâmetro externo ou furo

39. HÁ ALGUMA RECOMENDAÇÃO ESPECIAL EM RELAÇÃO À SAÚDE OU SEGURANÇA EM RELAÇÃO AOS ÍMÃS DE NEODÍMIO?

Não existem preocupações conhecidas em relação à exposição a campos magnéticos. Na verdade, muitas pessoas acreditam no poder curativo dos ímãs. Pode haver problemas com portadores de marca-passos e outros dispositivos, mas por não sermos especialistas, preferimos não fornecer mais informações em relação a este assunto específico. O fato é que o campo magnético de um ímã é fortíssimo a contato, mas praticamente zero a uma distância de 1 metro, por exemplo.

Exemplo: tomemos um disco de Neodímio de 22x10mm de grau N35. O campo magnético a contato é da ordem de 4000 Gauss. Mas a uma distância de 30mm, o campo magnético é praticamente nulo. Veja curva abaixo, que mostra a variação do número de Gauss na superfície do disco de Neodímio em função da distância:

Tabela

Quanto à segurança, o maior problema é no manuseio dos ímãs, conforme já mencionado. Sugere-se o uso de óculos para o manuseio de ímãs de Neodímio. Caso os ímãs se choquem e se quebrem liberando lascas, os olhos estarão protegidos. Deve-se evitar que crianças tenham contato com ímãs, principalmente pelo perigo de ingeri-los.

O forte campo magnético dos ímãs de Neodímio pode também danificar “mídias”, tais como cartões de crédito, flopp disks, cartões de identificação, etc. Os ímãs podem também danificar aparelhos de televisão, monitores, etc. Aconselha-se nunca aproximar ímãs de Neodímio de aparelhos eletrônicos.

Os ímãs de Neodímio perderão suas propriedades se aquecidos acima de 80°C.

Os ímãs de Neodímio nunca devem ser queimados, pois gerarão fumaças tóxicas.

Assim como uma ferramenta ou brinquedo, os ímãs de Neodímio podem ser muito divertidos e úteis, mas devem ser manuseados e tratados com cuidado.

40. QUAL É A DISTÂNCIA SEGURA QUE SE DEVEM MANTER OS ÍMÃS DE MARCA-PASSOS?

A proximidade com ímãs de Neodímio pode causar problemas com portadores de marca-passos e outros dispositivos. Na dúvida, evita-se! O campo magnético de um ímã é fortíssimo a contato, mas praticamente zero a uma distância de 1 metro, por exemplo.

41. ÍMÃS DANIFICAM EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS?

Talvez. Ímãs de Neodímio podem danificar discos, cartões de crédito, televisores e monitores. Para dispositivos sem mídia magnética, como celulares e calculadoras, os danos são improváveis. Porém, recomenda-se manter os ímãs afastados para evitar riscos.

42. QUAL A DISTÂNCIA A SER MANTIDA ENTRE ÍMÃS E EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS?

Recomenda-se manter o ímã a uma distância de 100mm + 25mm adicionais para cada 5Kg de força de atração. Por exemplo, para um ímã com força de atração de 20Kg, a distância segura seria de 200mm.

43. DEVE-SE SEMPRE INSERIR UM AVISO DE SEGURANÇA PARA PORTADORES DE MARCA-PASSOS EM PRODUTOS/EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM ÍMÃS?

Essa questão envolve aspectos legais e depende da aplicação do produto. Em caso de dúvidas, recomenda-se consultar um especialista ou seguir normativas específicas de segurança.

44. MAGNETOTERAPIA. QUAIS ÍMÃS SÃO UTILIZADOS EM TRATAMENTOS DE MAGNETOTERAPIA?

Desde pequenos discos de Neodímio até blocos maiores podem ser usados, dependendo do tamanho da área tratada. O ideal é escolher o tamanho do ímã de acordo com a área de atuação.

45. QUAIS ÍMÃS DEVEM SER UTILIZADOS NO “TRATAMENTO DE ÁGUA”?

Ímãs de 1,5 a 2,5 vezes a dimensão do diâmetro do tubo são recomendados. Dois ímãs posicionados em lados opostos do tubo, na posição de atração, criam o maior campo magnético possível.

46. QUAIS SÃO OS ÍMÃS IDEAIS PARA A FIXAÇÃO DE FOTOS E PAPÉIS NUMA GELADEIRA, POR EXEMPLO?

Discos de Neodímio de 10mm de diâmetro e 2mm de espessura são ideais para fixação de fotos e papéis em superfícies como geladeiras.

47. OS ÍMÃS PODEM SER ENVIADOS NUM ENVELOPE PEQUENO A FIM DE SE ECONOMIZAR NO FRETE?

Não. Ímãs devem ser embalados em caixas que atendam às normas de transporte, especialmente para ímãs de Neodímio. Caixas blindadas com chapas de aço são recomendadas para embarques maiores.

48. A ITAL POSSUI CATÁLOGO ESPECÍFICO SOBRE ÍMÃS PERMANENTES?

Sim, possuímos um folheto para cada tipo de ímã permanente: Neodímio, Ferrite, Alnico, Samário-Cobalto, Injetados, etc. Entretanto, os catálogos referentes a ímãs não possuem tabelas de modelos. Muitos ímãs são fabricados sob encomenda. Os demais estão em estoque ou fazem parte da linha de nossos fornecedores. Baixe sua cópia da página de downloads deste site.

49. QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM ÍMÃ E UM ELETROÍMÃ?

Na verdade, trata-se de coisas completamente diferentes. Um ímã é um material composto de diversas substâncias metálicas que formam uma liga. Cada liga tem propriedades magnéticas distintas e existem vários tipos de ímãs. O fato é que o ímã possui uma energia intrínseca e seu campo magnético é permanente. Por isso são chamados, redundantemente, de “ímãs permanentes”.

Os eletroímãs são compostos de uma ou mais bobinas elétricas que, quando submetida(s) a uma tensão elétrica gera(m) um campo magnético. Interrompida a corrente elétrica, zera-se o campo magnético. Veja a definição típica de uma enciclopédia antiga: Eletroímã = Dispositivo que produz um campo magnético graças a um sistema de bobinas de núcleo de ferro que conduzem uma corrente elétrica. Um eletroímã é geralmente constituído por um circuito magnético de ferro doce, ou culatra, terminando em dois núcleos de formato especial, as peças polares, entre as quais se situa um entreferro estreito. A imantação é produzida por duas bobinas fixadas à culatra, próximo ao entreferro, que se torna então a sede de um campo magnético de indução. Os eletroímãs de entreferro invariável são destinados à produção de campos muito intensos. Nos eletroímãs de entreferro variável, utilizados como aparelhos de levantamento e como relés, o fechamento do circuito magnético é assegurado por uma armadura móvel, que é empurrada pela culatra quando as bobinas são excitadas, e que volta a ser afastada (sob ação de seu peso, ou de uma mola) quando se interrompe a corrente. A ITAL tem uma linha de eletroímãs com diâmetros a partir de 20mm até eletroímãs gigantes de peso próprio de mais de 20 toneladas.

Esperamos que o material acima tenha ajudado a esclarecer as suas dúvidas básicas referentes a ímãs. Mas, caso ainda restem dúvidas, pedimos que nos contatem.

GLOSSÁRIO DE TERMINOLOGIAS MAGNÉTICAS

Desde 1961 a Italindústria fabrica os mais diferentes tipos de equipamentos magnéticos e eletromagnéticos: separadores magnéticos, eletroímãs, placas magnéticas, bases magnéticas, mesas magnéticas, extratores de sucata, etc. Na fabricação destes equipamentos, utilizam-se ímãs, bobinas, etc. Ao longo de todos destes anos percebemos que muitos de nossos clientes tinham muito interesse no assunto “magnetismo”. Ímã, eletroímã, magnetismo, magnetização, desmagnetização, força magnética, eletromagnetismo, enfim, todas estas palavras relacionadas ao campo em que atuamos, geravam grande dúvida e curiosidade em muitas das pessoas que nos contatavam. Assim, resolvemos criar um capítulo em nossa página que ajudasse a esclarecer, ao menos em parte, algumas das dúvidas e curiosidades sobre este assunto tão “magnético”. Abaixo encontrarão uma parte deste trabalho que, desde já queremos frisar, é superficial e não completo. Mas sempre vale perder um tempinho e repassar o assunto. Se depois de uma rápida leitura, puderem saber as diferenças, semelhanças, relações e significados de ímã, eletroímã, campo magnético, força magnética, etc, então nos daremos por satisfeitos.

Air Gap – Basicamente, é a distância externa de um polo do ímã até o outro, através de um material não magnético (Ex: ar). Na prática, quando, por exemplo, se deve dimensionar um eletroímã para transporte de material ferroso, considera-se muito a presença do air gap. O valor de indução magnética e consequentemente da força de atração do equipamento magnético será máximo quando o contato carga/equipamento for perfeito, ou seja, quando não existir nenhum outro meio isolante (de fluxo magnético), tais como o ar, entre ambos. Esta é uma situação irreal em termos práticos. Na realidade existem sempre os entreferros que reduzem a capacidade efetiva de levantamento.

Entreferro ou Airgap = distância entre a superfície de trabalho do equipamento (expansão polar) e a parte com a qual o mesmo está interagindo (no caso a peça a ser içada) ou, “uma descontinuidade não magnética num circuito ferromagnético”.

Na prática entreferro ou airgap é justamente a espessura da camada de ar que existe entre a expansão polar (ou simplesmente pólo de um equipamento magnético, quando este for plano) e o material a ser transportado. Pelo fato de o entreferro sempre existir nos casos reais e levando-se em conta que é um fator de grande influência na operação, deve-se SEMPRE medi-lo e considerá-lo na especificação de levantadores magnéticos e eletroímãs.

Anisotrópicos – Materiais que possuem uma direção de magnetização preferencial. Estes materiais são fabricados com a influência de um forte campo magnético e somente podem ser magnetizados através de um eixo preferencial. Ímãs de Neodímio (Neodímio-Ferro-Boro) e ímãs de Samário (Samário-Cobalto) são anisotrópicos. Obs.: Os ímãs flexíveis de geladeira não são anisotrópicos (são isotrópicos).

BHmax (Máximo Produto Energético) - é a intensidade de fluxo magnético no ponto de máximo produto energético de um material magnético. A intensidade de campo de um material magnético completamente saturado (=magnetização máxima que pode alcançar) medida em Mega Gauss Oersteds, MGOe.

Brmax (Indução Residual) – também chamada de “Indução Residual” (indução magnética residual). É a indução magnética remanescente num material magnético saturado, depois que o campo magnético foi removido. Este é o ponto no qual a curva de histerese cruza o eixo B com força de magnetização zero e representa o máximo fluxo magnético de um determinado material magnético. Por definição, este ponto ocorre com air gap zero e, portanto, não pode ser “visto” no uso prático de materiais magnéticos.

Caminho de Retorno – elementos condutores num circuito magnético que provém um caminho de baixa relutância para o fluxo magnético.

Campo Magnético (B) – Quando especificamos em nosso site, o campo magnético superficial ou o campo magnético, referimo-nos à intensidade deste campo em Gauss. Para discos e cilindros magnetizados axialmente, o campo magnético é especificado na superfície do ímã, no eixo central de magnetização. Para anéis, você pode encontrar 2 valores para o campo magnético. By,center especifica a componente vertical do campo magnético no ar no centro do anel. By,ring especifica a componente vertical do campo magnético na superfície do ímã, na metade do caminho entre o diâmetro interno e o diâmetro externo.

Campo Magnético (B)

Campo Superficial (Gauss Superficial) – é a intensidade de campo magnético na superfície do ímã como a medida por um Gauss Meter (medidor de campo magnético, às vezes chamado de gaussímetro). Veja tabela indicativa nesta página que mostra o campo magnético superficial de alguns ímãs de Neodímio que utilizamos.

Campo Superficial (Gauss Superficial) – é a intensidade de campo magnético na superfície do ímã como a medida por um Gauss Meter (medidor de campo magnético, às vezes chamado de gaussímetro). Veja tabela indicativa nesta página que mostra o campo magnético superficial de alguns ímãs de Neodímio que utilizamos.

Circuito Magnético – Consiste de todos os elementos, incluindo air gaps e materiais não magnéticos, nos quais “viaja” o fluxo magnético de um ímã, iniciando-se no polo norte em direção ao polo sul. Na prática, dizemos que uma placa magnética, por exemplo, tem um determinado circuito magnético. Dependendo de como ela é construída, ou seja, do seu circuito magnético, a placa magnética pode ser mais fraca, mas forte, mais eficiente para segurar peças pequenas, etc.

Abaixo, segue exemplo de um circuito magnético típico de um equipamento eletropermanente (levantador magnético eletropermanente) utilizado no transporte de chapas de aço:

Circuito Magnético “típico” de Levantador Magnético Eletropermanente Circuito Magnético “típico” de Levantador Magnético Eletropermanente

1- Pólos magnéticos ou expansões polares; 2- Ímãs não inversíveis (ou estáticos) de ferrite; 3- Ímãs inversíveis de Alnico; 4- Carga ferrosa; 5- Solenoide elétrico (ou bobina).

Coeficiente de Permeância (Pc) – também chamada de linha de carga ou B/H é a linha na Curva de Desmagnetização aonde um determinado ímã opera. O valor depende tanto da forma quanto do ambiente que o rodeia. Em termos práticos, é um número que define a dificuldade das linhas de campo magnético de irem do polo norte ao polo sul de um ímã permanente. Um ímã cilíndrico “alto” (Ex: 6mm de diâmetro x 20mm de altura), por exemplo, terá um alto Pc, enquanto um ímã cilíndrico “curto” ou “baixo” (Ex: 6mm de diâmetro x 1mm de altura), terá um baixo Pc.

Coeficiente de Temperatura – Fator utilizado para calcular a diminuição do fluxo magnético correspondente ao aumento da temperatura a que o ímã é submetido. A perda de fluxo magnético causada pelo aumento da temperatura é recuperada quando a temperatura de operação diminui.

Coeficiente Reversível de Temperatura – A medida das alterações reversíveis no fluxo magnético de um ímã, causadas pelas variações de temperatura.

Curva B/H – É a curva resultante da plotagem do valor do campo magnético (H) que é aplicado contra a densidade de fluxo resultante (B) conseguida. Esta curva descreve as qualidades de qualquer material magnético.

Curva de Desmagnetização – O segundo quadrante da curva de histerese, genericamente descrevendo o comportamento das características magnéticas no uso efetivo. Também conhecida como curva B-H.

Curva de Histerese – É a plotagem da força magnetizante (força de magnetização) versus magnetização resultante (também chamada de curva B/H) de um material enquanto é sucessivamente magnetizado até sua saturação (magnética), desmagnetizado, magnetizado na direção oposta e finalmente remagnetizado. Através de ciclos contínuos, esta plotagem (curva) será um “loop” fechado que completamente descreve as características do material magnético. O tamanho e forma desta curva são importantes tanto para os materiais duros quanto moles (hard and soft materials, do inglês, respectivamente). Nos materiais soft, que são normalmente utilizados em circuitos alternados, a área interna da curva deve ser o mais “fina” possível (é a medida de perda de energia). Mas nos materiais hard, quanto mais “gorda” a curva mais forte o ímã será. O primeiro quadrante da curva (ou seja, +X e +Y) é chamado de curva de magnetização. É de grande interesse, pois mostra a intensidade da força magnetizante que deve ser aplicada para saturar o ímã. O segundo quadrante (+X e –Y) é chamado de Curva de desmagnetização.

Curva de Magnetização – A primeira porção do quadrante do loop da curva de histerese (B/H) de um determinado material magnético.

Dimensões – É o tamanho físico de um ímã, incluindo revestimento, se houver. Os ímãs de Neodímio, por exemplo, são normalmente niquelados ou zincados. Veja mais informações sobre o revestimento de ímãs de neodímio neste site.

Densidade de Fluxo Magnético – Linhas de fluxo por unidade de área, usualmente medida em Gauss (C.G.S.). Uma linha de fluxo magnético por centímetro quadrado é um Maxwell.

Densidade de Fluxo Residual (Brmax) – Também chamada de “Indução Residual” (indução magnética residual). É a indução magnética remanescente num material magnético saturado, depois que o campo magnético foi removido. Este é o ponto no qual a curva de histerese cruza o eixo B com força de magnetização zero e representa o máximo fluxo magnético de um determinado material magnético. Por definição, este ponto ocorre com air gap zero e, portanto, não pode ser “visto” no uso prático de materiais magnéticos.

Eletroímã – Poderia ser considerado como um ímã que consiste de um solenoide (bobina) com um núcleo de ferro, que “possui” campo magnético apenas durante o tempo em que uma corrente elétrica atravessa o enrolamento (da bobina ou solenoide). Por isso chamamos os ímãs de “ímãs permanentes”: pois a força magnética é permanente e inerente às suas propriedades intrínsecas. Eletroímãs geram campos magnéticos apenas enquanto estão “ligados” a uma fonte de energia elétrica (em tensão contínua). Assim, ímãs e eletroímãs, que muitas vezes são confundidos como sendo a mesma coisa são, na verdade completamente diferentes. A única similaridade entre um ímã e um eletroímã é que ambos possuem/geram um campo magnético.

Eletroima

Estabilização – É o processo de exposição de um ímã permanente (ou dispositivo magnético) a elevadas temperaturas ou campo magnético externo a fim de desmagnetizá-lo a níveis predeterminados. Feito isto, o ímã não sofrerá mais degradação quando exposto novamente àquele nível de influência de desmagnetização (temperatura ou campo magnético).

Força Coercitiva – É a força desmagnetizante, medida em Oersteds, necessária para reduzir a indução observada, B, a zero, depois que o ímã foi levado à saturação magnética máxima.

Força Coercitiva Intrínseca (Hci) – Indica a resistência do material à desmagnetização. É igual à força de desmagnetização que reduz a indução intrínseca do material, Bi, a zero, depois que foi magnetizado até a saturação; medida em Oersteds.

Força de Destacamento (Pull Force) – A força de destacamento é a força perpendicular à superfície necessária para puxar (destacar, soltar) um ímã aderido a uma chapa de aço plana.

Força de Magnetização (H) – É a força magneto motriz por unidade de comprimento do ímã, medida em Oersteds (C.G.S.) ou ampere-espiras por metro (S.I.).

Força Desmagnetizante (Força de Desmagnetização) – É a força de magnetização aplicada na direção oposta à força magnética usada na magnetização do ímã. Choques, vibrações e temperatura podem também ser consideradas forças desmagnetizantes.

Força Magneto Motriz (F ou mmf) – A diferença de potencial magnético entre dois pontos quaisquer. A força magneto motriz é análoga à voltagem nos circuitos elétricos. É aquela que tende a produzir um campo magnético. Comumente produzida por uma corrente elétrica fluindo através de uma bobina de fio. Medida em Gilberts (C.G.S.) ou Ampere Espiras (S.I.).

Fluxo Magnético – É um conceito imaginário, mas mensurável, desenvolvido para descrever o “fluxo” de um campo magnético. Quando a indução magnética, B, é uniformemente distribuída e é normal à área, A, o fluxo, Ø = BA.

Gauss – Unidade de indução magnética, B. Linhas de fluxo magnético por centímetro quadrado no sistema C.G.S. Equivalente a linhas por polegada quadrada no Sistema Inglês e Webers por metro quadrado ou Tesla no Sistema S.I.

Gauss meter (Medidor de Gauss) – É um instrumento usado para medir o valor instantâneo da indução magnética B, normalmente medida em Gauss (C.G.S.).

Grau do Material (Material Grade) – Os ímãs de Neodímio (NdFeB) são classificados ou graduados pelo material magnético dos quais são feitos. De maneira genérica, quanto mais alto o grau do material, mais forte o ímã. Eles são classificados em graus que vão de N27 a N52. O grau de Neodímio mais forte hoje comercialmente fabricado é o N52. Esses ímãs são amplamente utilizados em aplicações que exigem alta força magnética, como a separação de impurezas de ferro contidas em açúcar antes da embalagem do produto nas usinas.

Grade

Grade Magnética 10.000Gauss e Tubo Magnético 10.000 Gauss

Gilbert – é a unidade de força magneto motriz, F, no Sistema C.G.S.

Ímã (=magneto, magnet em inglês, magnete em italiano, iman em espanhol) – um ímã é um objeto feito de certos materiais que cria um campo magnético constante. Cada ima tem pelo menos um polo norte e um polo sul. Por convenção, dizemos que as linhas magnéticas saem do polo norte do ímã e entram no polo sul do mesmo ímã. Este é um exemplo de um dipolo magnético (“di” significa 2, ou seja, 2 polos).

Se você pegar uma barra de ímã e quebra-la em 2 pedaços, cada pedaço terá novamente um polo sul e um polo norte. Se você pegar os pedaços e novamente quebra-los, terá então 4 ímãs, cada um com 1 polo sul e um polo norte. Não importa quantas vezes você dividir o imã em pedaços, cada um dos imãs resultantes terá um polo sul e um polo norte.

Polo

Ímãs e Monopolos – Ainda não foi mostrado ser possível terminar o processo de dividir um ímã sucessivamente em pedaços menores e obter um único polo norte ou polo sul. Isso seria um “monopolo" (“mono” significa único). Cada pedaço sempre terá um polo norte e um polo sul.

Ímã Permanente (Permanent Magnet, em inglês) – É um ímã que retém o magnetismo depois de removido de um campo magnético. Um ímã permanente está sempre “ligado”. Os ímãs de Neodímio são ímãs permanentes.

Indução (B) – É o fluxo magnético por unidade de área numa seção normal à direção do fluxo. Medido em Gauss no Sistema C.G.S. de Unidades.

Indução Magnética (B) – O campo magnético induzido por uma intensidade de campo, H, num determinado ponto. É a soma vetorial da intensidade do campo magnético e a indução intrínseca resultante. A Indução Magnética é o fluxo por unidade de área normal à direção do “caminho” magnético.

Indução Residual (Brmax) – Também chamada de “Densidade de Fluxo Residual”. É a indução magnética remanescente num material magneticamente saturado após o campo magnético ter sido removido. Este é o ponto no qual a curva de histerese cruza o eixo B com força de magnetização zero e representa o máximo fluxo magnético de um determinado material magnético. Por definição, ocorre com air gap zero, sendo impraticável em uso real.

Intensidade de Campo Magnético (H) – É a medida da força de magnetização ou desmagnetização que determina a capacidade de uma corrente elétrica ou corpo magnético de induzir um campo magnético num ponto específico. Medida em Oersteds.

Linha de Força Magnética – Uma linha imaginária num campo magnético que, em cada ponto, segue a direção do fluxo magnético naquele ponto.

Material Ferromagnético – É uma fonte ou condutor de fluxo magnético. Exemplos incluem materiais que possuem ferro, níquel ou cobalto.

Material Anisotrópico – Material magnetizado em uma direção preferencial, fabricado sob influência de um forte campo magnético. Exemplo: ímãs de Neodímio.

Material Isotrópico – Material que pode ser magnetizado em qualquer direção. Exemplo: ímãs flexíveis de geladeira.

Materiais Paramagnéticos – São materiais não atraídos por campos magnéticos, como madeira, plástico e alumínio. Têm permeabilidade magnética ligeiramente superior a 1.

Maxwell – Unidade de fluxo no sistema eletromagnético C.G.S. Um Maxwell equivale a uma linha de fluxo magnético.

Máxima Temperatura de Operação (Tmax) – Também conhecida como a máxima temperatura de serviço, é a temperatura à qual o ímã pode ser continuamente exposto sem apresentar instabilidade ou alterações estruturais permanentes.

Máximo Produto Energético (BHmax) – Representa a intensidade de fluxo magnético no ponto de máximo produto energético de um material magnético, medido em Mega Gauss Oersteds (MGOe).

Metalização/Revestimento – Os ímãs de Neodímio são revestidos para proteção contra corrosão. Os revestimentos mais comuns incluem Níquel-Cobre-Níquel (Ni-Cu-Ni), zinco, epóxi ou plástico.

MGOe – Mega (milhão) Gauss Oersteds. Unidade de medida usada para definir o máximo produto energético de um material magnético.

Oersted (Oe) – Unidade do sistema C.G.S. para força magnetizante. No sistema S.I., equivale a 79.58 A/m.

Orientação – Refere-se à direção na qual um material magnetizado deve ser alinhado para atingir propriedades magnéticas máximas.

Perdas Irreversíveis – Desmagnetização parcial causada por exposição a altas ou baixas temperaturas, campos magnéticos externos, choques, vibrações ou outros fatores. Só podem ser recuperadas por nova magnetização.

Permeabilidade (µ) – Relação entre indução magnética de um material e a força magnética que a produz. No vácuo, é igual a 4π×10-7 N/Amp².

Permeabilidade Relativa – Relação da permeabilidade do material em comparação com a do vácuo. No sistema C.G.S., a permeabilidade do ar é aproximadamente 1.

Permeância (P) – Mede a facilidade com que o fluxo magnético atravessa um material ou espaço. É inversamente proporcional à relutância magnética.

Peso – Refere-se ao peso próprio de um ímã específico.

Polaridade – Característica de um polo magnético, diferenciando o polo norte do polo sul.

Polo Magnético – Área onde as linhas de fluxo magnético estão concentradas.

Polo Norte – Identificado pela letra "N", é o polo de um ímã atraído pelo polo norte magnético da Terra.

Polo Sul – Identificado pela letra "S", é o polo de um ímã atraído pelo polo sul magnético da Terra.

Relutância (R) – Resistência relativa de um material à passagem do fluxo magnético, calculada pela divisão da força magneto-motriz pelo fluxo magnético.

Remanência (Bd) – Indução magnética que permanece após a remoção de uma força magnetizante.

Saturação – Estado em que o material magnético atinge o limite máximo de indução magnética, mesmo com o aumento da força de magnetização.

S.I. – Sistema Internacional de Unidades, padrão para medições físicas.

Temperatura Curie (Tc) – Temperatura em que o ímã perde todas as suas propriedades magnéticas de forma permanente.

Terra Rara – Conjunto de 17 elementos químicos, incluindo Neodímio, Samário e outros, usados na fabricação de ímãs de alta energia.

Tesla – Unidade do sistema S.I. para indução magnética, equivalente a 10.000 Gauss.

Tolerância Dimensional – Permissão de variação em dimensões nominais de um ímã, incluindo revestimento.

Weber – Unidade do sistema S.I. para fluxo magnético total, usada para medir a quantidade de fluxo magnético necessária para induzir uma força eletromotriz de 1 Volt em um circuito.

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